sexta-feira, abril 27, 2007

Punk, um movimento paleo-neo-conservador?

Este foi um dos artigos mais acessados na minha página do NowPublic, inesperadamente. Como eu poderia prever que uma despreocupada matéria como essa, estabelecendo links improváveis à primeira vista pudesse ser tão bem recebida? Bueno, aqui está a versão portuguesa. Também está no meu blogue em inglês, o “swimming against the red



Nos anos oitenta eu descobri a música New Wave. Foi como missa para mim. Eu havia curtido muito a onda “discothèque” nos anos setenta por isso perdi a explosão punk inicial. Eu achava aquele bando de vagabundos fazendo ruídos, não música, o fim do mundo... Mas nos oitenta, movido pela “wave” eu finalmente compreendi o que eles realmente eram.



Entendendo isso, o punk/new wave foi uma reviravolta e tanto. Adieu, “discothèque”. Uma forma “revolucionária” de fazer música. “Esqueçam os Eagles, Rod Stewart a todos aqueles hippies sujos!”. O slogan “faça a sua própria música” realmente me empolgou.



Muito mais tarde, eu tive outra percepção, a de que o punk não foi um movimento “revolucionário” mas , ao contrário, um movimento “reacionário”. Assistindo a alguns documentários da época, relatando a primeira geração punk nos setenta (Pistols, Clash, Damned), eu pude conhecer o ambiente, paisagem que criou um movimento como aquele. A Inglaterra nos anos setenta estava quase “acabando”. O partido trabalhista (labour) estava no poder há muito tempo em 1976. Eles implementaram programas de bem estar social (welfare), nacionalizações e aumento de impostos que estavam levando o país à bancarrota: taxas de desemprego muitíssimo altas, especialmente para os jovens, greves do funcionalismo público pipocavam por toda a parte, fazendo serviços essenciais simplesmente cessarem por completo. Na época se dizia que teriam de jogar os defuntos no Tâmisa pois até os serviços mortuários estavam em greve.

O Punk emergiu para reagir a uniformização, igualidade forçada e aos programas sociais. Eles eram individualistas que afirmavam que qualquer um podia ter a sua banda, que poderiam ser quem quisessem serm que cada indivíduo era quem deveria decidir o que era melhor para ele, não o governo. Muito menos a monarquia.

Foi surpreendente que, logo após o a primeira efervescência punk, os britânicos tenham escolhido o conservadorismo, elegendo a “Dama de Ferro” (uma punk em seus próprios termos – ou metaleira?) Margaret Thatcher. Surpreendente? Nem tanto. Os punks tinham posições pessoais completamente anti esquerda e a favor da liberdade. Por isso foi realmente estranho ver, logo depois, todas as bandas que eu gostava aderindo às iniciativas da esquerda. Para mim era insano por que as mesmas pessoas e bandas que gritavam slogans contra “grande estado” e apoiavam a iniciativa pessoal foram parar em baixo das asas da esquerda, que é a favor de “estado grande” e sindicatos ao invés do indivíduo.

Mas eu encontrei este site, chamado “conservative punk” que me fez pensar que, finalmente, meu primeiro pensamento estava correto, afinal: A esquerda “sequestrou” o movimento e o punks são culpados disso também. Aqui estão os principais objetivos da iniciativa:

Abordar e informar os jovens aleitores de hoje que se identificam a cena punk com fatos, ao invés de rumores e teorias conspiratórias.

Alargar a sua percpeção política expondo-os a outras idéias políticas fora da arena o habitual do bi-partidarismo e fazendo-os pensar sobre o que mais há (além do que é ouvido, lido e visto nas várias formas de mídia).

Prover um fórum para todos as idéias do espectro político nas quais as suas vozes, preocupações e dúvidas possam ser apresentadas e subsequentemente resolvidas.

Encorajar a geração jovem e burguesa a registrar-se para votar e se tornar engajada em política.

Encorajar os jovens votantes a tirar as suas próprias conclusões ao invés de doutrirná-los com determinado tipo de pensamento.

Abordar e trazer à luz questões sociais que têm consequências não só para o indiíviduo, mas para a nação inteira.

Abordar e cultivar a importância da individualidade, liberdade pessoal e direitos civil ao mesmo tempo que ressalta a importância do trabalho em equipe.

Abordar e refutar os mitos acerca do exército americano e a proteção à liberdade que ele garante.

Focar no futuro desta nação ao invés de ficar acomodado e submerso em raiva quando as coisas não acontecem do modo que se queria.

Outros links interessantes: A coincidência histórica e de cosmovisão de dois movimentos e os seus líderes nos Estados Unidos: Johnny Ramone e Ronald Reagan; Punk Rock and Conservadorismo

O punk rock pregava a volta ao básico (três acordes) e era um movimento tremendamente heterossexual. Ronald Reagan fazia o mesmo com a sua ortodoxia econômica (reaganomics) em que dizia “a melhor economia é a economia básica”.

A propósito, muitas canções punks são realmente conservadoras. “God Save the Queen” é um hino contra o welfare e governo de mais e “Bodies” é uma canção anti-aborto!

Never mind de bollocks, Here´s the Sex Pistols.




Golitsyn acerta outra? Putin Ameaça América

Por quê será que Putin está tão p* com um sistema DEFENSIVO ?


Anatolyi Golitsyn,desertor russo, escreveu dois livros sobre a falsa democratização do leste europeu ("New Lies For Old" e "The Perestroika Deception") para em silêncio preparar o que ele chamava de "Fase Final".

Parece que estamos perto.


O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou ontem suspender a aplicação do Tratado de limitação de Forças Convencionais na Europa (CFE) se os EUA não puserem fim à construção de um sistema de defesa antimíssil na Europa. A ameaça, que faz reviver o clima da Guerra Fria, foi proferida durante o discurso anual ao Parlamento, o último que fará enquanto presidente, prometeu Putin.

Source: correiomanha.pt

VINTE CONSIDERAÇÕES SOBRE UMA DOENÇA DA ALMA (o anti-semitismo)

Este texto, que saiu no O insurgente é muito bom.

Transcrevo na íntegra.


VINTE CONSIDERAÇÕES SOBRE UMA DOENÇA DA ALMA


25 de Abril de 2007 às 2:17 pm por patricialanca


O anti-semitismo como defeito moral e intelectual


1. O anti-semitismo, como qualquer outra obsessão xenófoba é uma doença da alma, porque corrói e subverte os nossos sentimentos de solidariedade humana.


2. O anti-semitismo, porém, é a pior dessas doenças porque é a mais antiga e a que mais estragos e sofrimento têm causado tanto às vítimas como aos perseguidores.


3. O preconceito contra os judeus tem a sua origem no ódio persistente da sociedade pré-industrial ao capitalismo.


4. Os judeus, tendo sido expulsos da sua terra pelos romanos como castigo pela sua revolta contra o império, espalharam-se por todo o mundo conhecido e sobreviveram através do comércio.


5. Sendo um povo em que todos eram alfabetizados, foram muito bem sucedidos nos negócios.


6. Sendo um povo monoteísta e com as suas sagradas escrituras tinham um cimento poderoso para conservar a sua identidade e as ligações entre as suas comunidades.


7. Os camponeses de maneira geral odeiam e invejam os mercadores e os intrusos.


8. Os nobres improdutivos e dedicados à caça e à guerra sempre procuraram empréstimos onde havia dinheiro, quer dizer entre os judeus.


9. O devedor de maneira geral não gosta do credor.


10. A melhor maneira de liquidar as dívidas era de incitar os camponeses (que também tinha as suas próprias dividas) a pilhar os bens dos judeus e correr com eles. Daí a frequência dos pogroms.


11. Foi o próprio Marx quem disse que os judeus sentiram no capitalismo como peixes na água.


12. Foi o florescimento do capitalismo que trouxe a emancipação dos judeus.


13. O saudosismo dos tempos medievais pré-capitalistas anda muitas vezes em paralelo com o anti-semitismo.


14. A expulsão dos judeus da península ibérica foi uma das principais causas da decadência das outrora grandes potências: foi a expulsão da sua classe média. Quem veio a beneficiar foram os países baixos e a Inglaterra.


15. As contribuições materiais, morais, culturais e científicas dos judeus para o progresso de humanidade, proporcionalmente ao seu número excedem de longe as contribuições de qualquer outro povo.


16. A doença do anti-semitismo, quando encontrada em gente culta tem geralmente a sua origem no sentimento de inveja e a consciência de mediocridade. São estes impulsos atávicos que explicam o histerismo antijudaico dos islamistas.


17. A expressão anti-anti-semitismo é um nonsense. O que existe é a aversão ao anti-semitismo, uma posição perfeitamente fundamentada e partilhada por todas as pessoas sensatas. O que não quer dizer que seja desejável que essa aversão fosse traduzida em legislação. Não se pode legislar sobre os preconceitos ou a imbecilidade.


18. Em toda a parte os judeus são os melhores imigrantes, com a mais baixa taxa de criminalidade e das mais altas de produtividade.


19. Israel é uma pequena ilha ocidental e de progresso num oceano medieval.


20. O dever de todas as pessoas de bem é de defender Israel e o seu povo.


Source: oinsurgente.org

quarta-feira, abril 25, 2007

Artigo no Diego Casagrande..

Meu artigo, vejam só, foi publicado no site do jornalista gaúcho Diego Casagrande.



O "NOVO" ESTADO LAICO = O VELHO TOTALITARISMO

Source: diegocasagrande.com.br

Fidel e os seus animaizinhos de estimação

Comparem isso:



Expectativa de vida dos animais

"Animais em cativeiro ficam à salvo de secas, enchentes e predadores; eles são alimentados regularmente; se são feridos ou expostos à doenças, recebem cuidados médicos. Esta atenção os ajudam a viver mais e com saúde. Contudo, animais selvagens não tem estas vantagens. Eles vivem somente enquanto têm capacidade de se defenderem e encontrar comida"



Com isso (Discurso proferido pelo Presidente da República de Cuba, Fidel Castro Ruz, em 19 de setembro de 2005 ):

Cuba, país tropical, de clima caloroso e úmido, mais propício a vírus, bactérias e fungos, mistura de etnias sua população, submetida a um bloqueio cruel e a uma guerra econômica durante quase meio século, mostra, apesar de tudo, um índice de mortalidade infantil menor de 6 em cada mil nacidos vivos em seu primeiro ano de vida, abaixo do Canadá por uma estreita margem, e caminha para chegar a menos de 5 e, talvez menos de 4 em um futuro não longínquo, para ocupar o primeiro lugar do continente. Ao mesmo tempo, demorará metade do tempo que empregou a Suécia e o Japão para elevar de 70 para 80 anos sua expectativa de vida, que hoje chega aos 77,5 anos. Os seus serviços médicos têm elevado essa expectativa em quase 18 anos a partir de, aproximadamente 60 anos, quando do triunfo da Revolução, em primeiro de Janeiro de 1959.




Pequeno resumo:



Expectativa na América Latina:




  • De 1950-1955 a expectativa era de 52 anos de vida, Cuba tinha um índice de 58,8 anos de vida (6,8 anos além da média da América Latina)
  • Atualmente a expectativa de vida é de 70,1 anos de vida.


Expectativa em Cuba:

  • De 1950-1955 a expectativa era de 58,8 anos.
  • Atualmente a expectativa de vida é de 77,5 anos


Comparando.

  • Antes da revolução: Cuba tinha 6,8 anos além da média da América Latina.
  • Depois de quase 50 anos de vida : 7,4 anos além da média da América Latina.


Ou seja , as 73.000 vidas tiradas pela ditadura de Fidel serviram para levar a população de Cuba viver 0,6 anos a mais comparado com a média da América Latina em relação ao que já possuia em 1959. Um feito brilhante! Talvez ele tivesse feito uma melhoria genética em Cuba, tirando de sua população todos os fracos e não aptos. Resultou em um processo de "evolução" notável. Os Cubanos agora podem tolerar situações terríveis como estas. Vejam aqui as fotos que mostram como as pessoas idosas são tratadas em Cuba.











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Ao 25 de Abril

Como imigrante não tenho muito o que dizer, objectivamente, sobre esta data tão importante para Portugal. Posso simplesmente dizer das minhas impressões sobre o assunto. E minhas impressões notam uma dicotomia, uma "fractura" na opinião pública.

Perguntei a muitos jovens sobre o que era a data de 24 de abril. A maior parte disse que era o dia da "independência" de Portugal ("independência?" Ué, não sabia que Portugal tinha sido colónia), ou melhor , "Dia da Liberdade". Depois eu li que em 25 de abril de 1974 o regime Salazarista (pois Salazar, ele mesmo, não estava mais no poder) foi derrubado por um golpe de estado. O maior motivo? Parece que foi mesmo a guerra nas colónias, especialmente em Angola.


Leio os jornais. Todos celebram a data e reclamam que os jovens não lhe dão valor. Sei que os jornais daqui sofrem da mesma síndrome esquerdista do Brasil, portanto não são uma fonte fidedigna para entender. Podem explicar a metade da história não o todo. O outro lado, parece que foi muito ouvido na recente eleição do "Maior Português de Sempre" em que o ditador Salazar foi eleito por grande maioria, em votação popular.


Qual foi o verdadeiro Salazar? O dos jornais, que criou a polícia política (PIDE) , que manteve a ferro e fogo as colónias na África quando todos os países europeus se retiravam dali? Que proibia Coca-Cola?
Ou o economista que soube conduzir a nação à um período de crescimento e prosperidade? Para os jornais, a primeira figura é a mais citada.; Para os jovens, a segunda. Parece que o tema económico é o mais importante no momento. Que momento? A revista "The Economist" acaba de citar Portugal como o novo "doente da Europa" .


Para um brasileiro, como eu, ver esta dicotomia, esta diferença de opiniões é algo bastante positivo pelo fato de haver. No Brasil, por exemplo, sobre os vinte anos de ditadura, para os jovens só se ouvirá a mesmíssima opinião da media: "porões da ditadura", "anos de chumbo", "tortura" e nenhuma discordância. Discordar é preciso.


Portugal, pelo que sinto, está num momento de decisão e isto é evidente pela opinião pública. Espero poder acompanhar isto de perto. Parabéns Portugal!

terça-feira, abril 24, 2007

Cem Anos de Eugenia

Há cem anos, as ondas de choque criadas por Darwin e sua obra "Origin of the species" chegava ao seu clímax: a primeira lei de esterilização em massa era aprovada, sob os auspícios da "coqueluche do momento", o Darwinismo Social. Aqui uma tradução do professor Enézio Almeida no seu blog "Desafiando a Nomenklatura Científica".


O WorldNetDaily deu a notícia de um aniversário de um outro grande debate bioético que passou. Há apenas um século atrás, a eugenia ― a tentativa de melhorar a raça humana através de melhor “cruzamento” ― era a coqueluche no mundo científico. E esta primavera marca o centenário da primeira lei mundial de esterilização forçada.

Embora os darwinistas modernos possam sobressaltarem-se, a eugenia inspirou-se claramente na teoria de Darwin. Naquele tempo, Francis Galton (primo de Darwin), levou a teoria da evolução seriamente, argumentando persuasivelmente que os hospitais, instituições mentais e de serviço social todos violavam a lei da seleção natural. Essas instituições preservam o fraco à custa do pool genéticol. Na natureza, tais pessoas morerriam naturalmente, desse modo mantendo a raça humana forte. Como o próprio Darwin declarou no seu livro “The Descent of Man” [A Linhagem do Homem] “Ninguém que já assistiu ao cruzamento de animais domésticos duvidará de que isso tem sido altamente prejudicial à raça do homem... Dificilmente alguém seja tão ignorante a ponto de permitir que cruzem os seus piores animais.”


+++++


E ainda têm a cara de pau [oops o despautério é mais chique] de dizer que Darwin não foi um ‘darwinista social’, que não apoiava a eugenia nesses termos, e otras cositas mais. Contem outra, que este degas aqui é “mais liso” do que Darwin.


Source: pos-darwinista.blogspot.com

Bill O´Reilly entrevista Richard Dawkins / Cristã entrevista Dawkins

O famoso apresentador da Fox News "entrevista" o não menos famoso "ateu" (como apresentado ao público) Richard Dawkins. Uma bela oportunidade perdida. O´Reilly não foi muito feliz neste entrevista. Sua melhor tirada foi "A minha fé (católica) explica de onde viemos. A sua explica?"
Dawkins : "Ainda não até o momento"
O´Reilly: "Então quando a tiver, voltamos a conversar"

Mas Dawkins se saiu melhor até por não ter tido oportunidade de falar. A legenda "atheist" colocada para anunciá-lo foi meio "mão pesada".

Melhor mesmo é o segundo vídeo, que mostra Dawkins sem resposta para uma simples pergunta: "O senhor pode me dar um exemplo de uma mutação qualquer que tenha aumentado o nível de informação do genoma?" A cara de Dawkins é impagável.

O`Reilly e Dawkins


Cristã e Dawkins


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domingo, abril 22, 2007

Mais sobre "Mais Armas, Menos Crimes"

Aqui um trecho do texto de Mark Steyn para o Sun-Times

Virginia Tech Was a Gun Free Zone, Oh Yeah | The News is NowPublic.com
"Virginia Tech, remember, was a "gun-free zone," formally and proudly designated as such by the college administration. Yet the killer kept his guns and ammo on the campus. It was a "gun-free zone" except for those belonging to the guy who wanted to kill everybody. Had the Second Amendment not been in effect repealed by VT, someone might have been able to do as two students did five years ago at the Appalachian Law School: When a would-be mass murderer showed up, they rushed for their vehicles, grabbed their guns and pinned him down until the cops arrived."


Traduzindo: "Virginia Tech, lembrem-se era uma "zona livre de armas",e formal e orgulhosamene designada assim pela administração da universidade. Ainda assim o assassino manteve suas armas e munição no campis. Era uma "zona livre de armas" mas só para aquelas que pertenciam ao cara que queria matar a todos. Não tivesse a segunda emenda repelida pela Virginia Tech, alguñem poderia fazer como dois estudantes fizeram há cinco anos na Appalcahian Law School: Quando um suposto assassino apareceu, eles correram para seus veículos, pegaram as suas armas e prenderam-no até que os policiais chegassem"

Não é terrível o grau de violência que o pacifismo orgulhoso acaba criando?
E botam a culpa nas armas!!


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Massacre na Virgínia: Mais armas. menos mortes

Desde que há uma semana Cho Seung-Hui matou 33 pessoas no pior massacre em uma escola americana, as opiniões gerais culpam os Estados Unidos:


* Pela sua "cultura violenta" (Como se o Brasil tivesse uma cultura "da paz"..)
* Por seu "capitalismo selvagem" (sim, o capitalismo "domesticado" na Europa só produz coisas boas, como desemprego, welfare state e alienação da juventude)
* Pela liberdade de se comprar armas


Os dois primeiros tópicos são irrelevantes, pois não tem nenhum vínculo com a realidade. São simplesmente achismos de pessoas que vêem tudo pela ótica ideológica. Uma tal de Sandra Dias- psicóloga da PUC, declarou ao Jornal Hoje que o coreano tinha até cometido um "ato heróico".

Mas voltando ao tema 3: liberdade de comprar e carregar armas.

Tenho notado que mesmo liberais acabam usando o discurso de que as armas (comércio e uso) deveriam ser banidas da vida pública para que acontecimentos como esse não se repetissem. Argumentos de que Cho Seung-Hui teria comprado a arma no mercado negro, de qualquer maneira, já que estava determinado a matar, se confrontam com suposições de que "talvez" a esta dificuldade pudesse resultar em um número menor de vítimas. E assim, de parte à parte o debate segue cirular.


Por acaso, via um link do blog "O direitista" um link para um texto interessante. Ann Coulter, citava um estudo feito pelos economistas John Lott and Bill Landes que, "estudando TODOS os incidentes envolvendo atiradores nos Estados Unidos de 1977 a 1999, concluíram que leis liberando o uso de armas eram as únicas leis que poderiam ter efeito na diminuição destas ocorrências. Estados americanos que liberam o porte de armas reduziram casos de massacres do tipo em 60 por cento e os mortos e feridos por estes ataques em aproximadamente 80 por cento". Permito-me reproduzir aqui suas conclusões,


CONCLUSION


The results of this paper support the hypothesis that concealed handgun or shall issue laws reduce the number of multiple victim public shootings. Attackers are deterred and the number of people injured or killed per attack is also reduced, thus for the first time providing evidence that the harm from crimes that still occur can be mitigated. The much greater level of deterrence for multiple victim public shootings than for other crimes like murder is consistent with the notion that a higher probability of citizens being able to defend themselves should produce a greater level of deterrence. The results are robust with respect to different specifications of the dependent variable, different specifications of the handgun law variable, and the inclusion of additional law variables (e.g., mandatory waiting periods, and enhanced penalties for using a gun in the commission of a crime).


Not only does the passage of a shall issue law have a significant impact on multiple shootings but it is the only law related variable that appears to have a significant impact. Other law enforcement efforts from the arrest rate for murder to the death penalty to waiting periods and background checks are not systematically related to multiple shootings. A particularly surprising result is how the death penalty is so important in deterring murders generally, but has no significant impact on multiple victim public shootings. Finally, the data provides little evidence of either a substitution from shootings to bombings or of "copycat" effects.




Source: tysknews.com



Aqui o texto da Ann Coulter:

Only one policy has ever been shown to deter mass murder: concealed-carry laws. In a comprehensive study of all public, multiple-shooting incidents in America between 1977 and 1999, the inestimable economists John Lott and Bill Landes found that concealed-carry laws were the only laws that had any beneficial effect.


And the effect was not insignificant. States that allowed citizens to carry concealed handguns reduced multiple-shooting attacks by 60 percent and reduced the death and injury from these attacks by nearly 80 percent.



Massacre na Virgina Tech: Mais armas, menos mortes | The News is NowPublic.com


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O “Novo” Estado Laico = O Velho Totalitarismo

Este artigo foi publicado no Mídia Sem Máscara hoje.

Toda esta discussão sobre o Estado Laico, aquela abstração pretendida pelos liberais-ateus na qual qualquer aspecto religioso, ou que pareça religioso, tem de ser eliminado da vida cultural da sociedade - de modo a permitir uma verdadeira "liberdade" dos indivíduos - tem vários problemas congênitos.

O primeiro tem a ver com a definição do que seja 'liberdade'. A vontade de eliminar qualquer traço religioso ou meramente metafísico, traz embutida a concepção de que, por definição, os crentes não gozam de verdadeira liberdade pois estão “presos” a um sistema de crenças irracionais. Eles pretendem ser então os “libertadores” dos grilhões da 'fé', numa versão farsesca daquilo que pretendem denunciar.

Também acabam igualando-se aos marxistas e comunistas que consideravam a religião o 'ópio do povo'. É impossível negar que o liberalismo como ideologia se iguala ao comunismo em sua auto-imagem totalitária e elitista de uma 'vanguarda revolucionária', que tem por missão destruir ou minimizar qualquer aspecto cultural - religiões, especialmente as judaico-cristãs - que impeçam o seu avanço.

A entrevista de Tarso Genro à “Veja” da semana passada corrobora esta ligação improvável à primeira vista. Nela, Tarso afirma: “Lênin conseguiu introduzir, num país atrasado (sim, a Rússia era atrasada também porque tinha uma cultura profundamente religiosa!), princípios politicos e organização política modernos, que, mais tarde (muito mais tarde!!), se revelaram como uma Revolução Francesa tardia”. Em outro trecho afirma que “Antonio Gramsci foi o grande intérprete da cultura política revolucionária originária do Renascimento e do Iluminismo”.

Em suma, tanto comunistas como liberais iluministas pretendem criar um 'novo homem'. Para isso, destruir ou minimizar a religião ocidental é necessário. Para comunistas, para permitir que a tal 'consciência de classe' aflore; para liberais, o 'cientificismo ateu'. Ambos parecem não sobreviver à visão de um simples crucifixo.

A outra contradição vem a ser o fato de que o liberalismo prega o laisez-faire para a economia, que é a não intervenção do Estado, mas não pode prescindir do Estado para realizar a suas fantasias de Estado Laico. Somente tornando-o um Estado policialesco e totalitário, extirpando os traços religosos à força, é que o objetivo poderá ser atingido. A contradição é evidente.

O Estado Laico como pregam é uma fantasia, uma reinterpretação da velha encarnação de Estado Laico – o comunismo. Não é uma experiência “nova” e libertadora como tentam provar mas exatamente o seu contrário. A experiência real mais próxima deste Estado Laico foi mesmo o comunismo real implantado na Rússia, China, Vietnam, Camboja, Cuba… Mesmo nestas experiências, a tentativa de eliminar por completo a religião falhou, derivando para a estratégia de contaminá-la por dentro.

Por último, apontar a derrocada do comunismo a simples fator econômico é outro erro brutal. O colapso do comunismo não se deu pela incapacidade de encher as prateleiras dos supermercados, mas sim pela tentativa de eliminar a religião por completo de sociedade. A decadência moral conseqüente é algo que nem a 'democracia' e o 'livre-mercado' atuais vão corrigir. O fato de a Rússia atual ser um país de mafiosos e a China exportar orgãos humanos de prisioneiros políticos assassinados é a consequência do que Alexander Soljenitsyn já apontava: os homens se afastaram de Deus. E quanto maior a distância, menor a humanidade.

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